
TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)

TANGS & PROTOS (2001)
SALA 48
Performance SALA 48 (Vídeo) 2001
Três corpos deambulam com mais corpos no espaço, relacionam-se por meio de entradas e saídas, a ideia avançou a partir do diálogo do corpo com o objecto circundante, a partir do work in progress das aulas de performance sob a orientação do Prof. Stephen Jürgens.
Intérpretes: Cecília Costa, Rita Carmo e Ricardo Almeida.
TANGS & PROTOS
(…) “Alguns deles, com um lado sensorial mais aprofundado, são mais frágeis, têm uma cavidade, uma superfície muito fina, ligeiramente transparente. Nestes orifícios, a malha de seda adquire o carácter de pele que permite uma aproximação mais sensível ao interior do objecto.
O jogo é a componente lúdica e sempre presente nas instalações que realizo; é através desta que se estabelece a aproximação do público com o trabalho.
Todo o conceito do trabalho assume a sua legitimidade com o contacto directo dos espectadores, o trabalho passa a existir como continuidade orgânica do corpo, como próteses ou extensões que incorporam o outro, a partir de entradas e saídas, semelhantes ao nosso próprio corpo.
Recriam aquilo a que se pode chamar de comunicação sensorial, ou seja, dialogam entre si, objecto-público, por meio dos sentidos, sobretudo táctil, visual e olfactivo.
A relação com o público pode ser também terapêutica, o enchimento de determinados tangs e protos é constituído por uma fibra sintética , amiúde utilizada em materiais de conforto, que, depois de sentir o seu interior, possibilita ao espectador relaxar-se e sentir-se bem.
Deste modo posso dizer que o meu trabalho possui uma componente lúdica, característica essencial das artes do corpo enquanto performativas.
A sensação de enfiar ou de tocar uma das superfícies é penetrante, e ao mesmo tempo inquietante, pela impossibilidade de ver ou prever o que iremos encontrar ou sentir…
Há uma preocupação constante de distanciamento cada vez maior com a matéria, com a natureza que nos envolve, com as pessoas, com o nosso universo sensorial imenso.
O projecto é um dispositivo para enaltecer sensações perdidas ou simplesmente esquecidas!”