Fanzines ou “Fanatic Magazines“, como eram vulgarmente chamados na década de 30 do século passado, nos EUA.
Este tipo de publicações de carácter independente e libertário, apareceram num período de crescimento da banda desenhada e da ficção cientifica.
Na Europa, em França, os fanzines surgiram nos anos sessenta, dando prioridade aos textos críticos e de estudo sobre a BD, editados por profundos conhecedores do tema.
Em Portugal, o primeiro fanzine foi o Árgon, editado por jovens e com bandas desenhadas também feitas por jovens, datado de Janeiro de 1972.
Os fanzines abordam os mais variados temas, como: banda desenhada, cartoon, ilustração, ficção científica, música (pop, rock, heavy metal, etc.), cinema (gore, em especial), literatura (prosa e poesia), política (privilegiando o anarquismo), esoterismo, vegetarianismo, veganismo, jogos de computador, internet…
Os títulos, para além de eventualmente definirem o conteúdo, demonstram com frequência grande imaginação, anti-convencionalismo e até alguma agressividade em relação à sociedade, características que, não raro, também são evidenciadas, e até reforçadas, pelo respectivo grafismo.
No meu caso, iniciei o meu processo de exploração gráfico em formato de publicação, ainda muito jovem, lembro-me de ter pouco mais de 10 anos, e em conjunto com mais três amigos, realizamos pequenas publicações com desenhos e colagens sobre temas extraídos da actualidade (jornais e revistas).
Mais tarde, já como estudante universitário, desenvolvi vários projectos a solo, mas também em parceria com alguns colegas.
Na imagem que se segue poderá visualizar as minhas “fanzines”, lançadas entre 2001- 2004.